Resenha da obra Coração das trevas, de Joseph Conrad

Capa do livro

Segundo livro lido do projeto reeducação do imaginário e meta literária de Janeiro cumprida com sucesso!

CURIOSIDADES SOBRE O AUTOR E SOBRE O LIVRO 

Joseph Conrad

Józef Teodor Konrad Nalecz Korzeniowski, conhecido como Joseph Conrad nasceu em 1857 na Ucrânia. Ficou órfão ao 11 anos e foi criado pelo seu tio até o seus 16 anos. 

Nesta idade, Conrad viajou para a França, ocasião em que deu seus primeiros passos na Marinha. Após várias tentativas, ele conseguiu a sua aprovação como capitão da Marinha Mercante Inglesa, tendo em 1886 recebido a sua nacionalidade britânica.

Em 1894, Joseph Conrad resolveu deixar de lado a carreira na Marinha e passou a se dedicar à escrita e à literatura. Devido às viagens que realizou durante o seu tempo na Marinha, ele conseguiu colecionar várias histórias acerca do tema, entre elas o livro “O Coração das Trevas”. 

No que tange ao seu estilo de escrita, Conrad compunha suas personagens muitas vezes em locais isolados da sociedade e que eram submetidas a situações extremas, como é o caso do protagonista Marlow, em “O Coração das Trevas”. 

O livro “O Coração das Trevas” serviu de inspiração no cinema, através do filme Apocalipse Now, de Francis Ford Coppola, em 1979.

Joseph Conrad faleceu na Inglaterra, no dia 3 de agosto de 1924.

SOBRE A EDIÇÃO

Eu li este livro pelo Kindle, através da edição publicada em 2019 pela Editora Antofágica.

A edição contém ilustrações de Claudio Dantas, tradução de José Rubens Siqueira e apresentação da obra por Felipe Nobre Figueiredo:

Ilustrações do livro

Ao final da leitura de “O coração das trevas”, nós encontramos comentários feitos por  Christian Ingo Lenz Dunker e por Ana Maria Bahiana.

MINHA EXPERIÊNCIA DE LEITURA E INDICAÇÃO DESTE LIVRO PARA O PROJETO REEDUCAÇÃO DO IMAGINÁRIO

ATENÇÃO: ALERTA DE SPOILER

Como dito anteriormente, a história de vida de Joseph Conrad é muito interessante, pois devido a seu trabalho na Marinha, o mesmo viajou para diversos lugares e abraçou a Inglaterra como sua terra devido sua história na Marinha Inglesa, época em que aprendeu a língua brilhantemente.

O livro é de uma honestidade abissal, pois a impressão que passa, inicialmente, é que a história é uma defesa do projeto civilizatório do Imperialismo Britânico.

A narrativa é feita pelo Capitão Marlow (alter ego do autor) a um grupo de marinheiros, no qual espera que tal grupo obtenha algum tipo de aprendizado com sua experiência.

Inicia-se com a trajetória de Marlow indo aos escritórios do Congo Belga em Bruxelas procurar algum emprego na África. Aqui, eu faço um destaque a cena de entrada no escritório, em que o autor descreve a burocracia do Império. 

E, no entanto, Marlow não se acanha com isso e quer de fato trabalhar na África, pois está convencido que tal projeto imperialista busca a civilização para os povos menos civilizados.

Ao chegar na África, o que Marlow vê não é exatamente um projeto civilizatório, mas sim, a exploração econômica mais desumana, devido às condições da população local.

As descrições são muito realistas, no sentido de que, ao chegar no Congo Belga, Marlow descreve as pessoas como se elas fossem feitas somente de pele e osso, chegando até a se indagar se, de fato, eram pessoas ou não:

“Vi o demônio da violência, o demônio da cobiça, o demônio do desejo ardente; mas, por todas a estrelas!, eram demônios fortes, luxurioso, de olhos vermelhos, que influenciavam e conduziam os homens – homens, digo. “

Diante desta primeira decepção, Marlow se questiona sobre seu papel ali, até receber a notícia de que há um agente do Império, chamado Kurtz, que tem um posto altamente lucrativo com a extração de marfim, mas ao mesmo tempo adorado pelo povo africano.

Logo, Marlow vê nessa figura uma combinação que é aquela que ele vinha buscar, qual seja, a junção de civilização e dinheiro. 

A partir daí a história irá narrar a aventura de Marlow subindo o Congo atrás de Kurtz. No meio da viagem há ataque de indígenas, fugas, mudanças súbitas de cenário, visão enevoada, todos os elementos contidos em um livro de aventura marítima.

Ao chegar no local em que Kurtz está, Marlow o indaga sobre como ele conseguiu unir em um projeto dinheiro e civilização e a única resposta que obtém e a célebre frase da literatura “Oh horror…Oh horror” pronunciada por Kurtz pouco ante de cair morto.

Assim, após toda a frustração da viagem, Marlow vai embora sem ter a chave de seu enigma. 

Nota-se, portanto, que o interesse extraordinário do livro é que a busca pela união de dinheiro e civilização é uma farsa inexplicável (através da metáfora luz e escuridão, que dá nome ao livro “Coração das trevas”), o que o torna, mesmo tendo sido publicado no final do século XIX, uma história atemporal.

Por fim, com a conclusão da leitura, eu pude ver a importância da indicação deste livro ao Projeto Reeducação do Imaginário, pois ele traz em seu bojo temas como dinheiro, ganância, ambição desenfreada através do poder devido a um cargo ou exercido em nome de alguém e as consequências do uso destes mecanismos que só pode ser traduzida na palavra horror.

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Um grande beijo e até o próximo post!!

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